Caros desempregados sem rendimentos,
Sabemos o que é a miséria, a dor, o choro que vivemos em conjunto com os nossos entes queridos ao não poder corresponder com as nossas obrigações.
Sabemos que o nosso futuro será só um prolongamento do nosso presente e que nada nem ninguém fará algo para mudar a nossa morte anunciada.
Sabemos que o actual Estado nos condena à indigência.
Sabemos o que é ficar sozinho, fechado em casa, a chorar em silêncio.
Sabemos que se nada fizermos, a nossa realidade não mudará.
Sabemos que sozinhos estamos indefesos e à mercê de quem lucra com a nossa miséria.
Sabemos que só juntos e em conjunto podemos mudar a realidade em que estamos.
Sabemos que está só nas nossas mãos unir e coordenar os nossos esforços.
Há umas semanas fundamentei a decisão de deixar de pagar impostos na Constituição da República Portuguesa. Comuniquei-o primeiro ao Presidente da República, depois à Ministra das Finanças e, finalmente, ao Chefe da minha repratição de Finanças. Existe uma inegável hierarquia de valores que exige que cada um faça o necessário para garantir a sobrevivência física própria, dos seus filhos, dos seus pais e de si próprio.
Por estas razões exorto a todos os que se encontram desempregados, e sem rendimentos, que refiram os meus actos anteriores e que entreguem, às mesmas autoridades, documentos semelhantes.
O caminho é claro: temos juntos de desobedecer às leis e imposições injustas que se abatem sobre nós, temos de dar uma resposta ao Estado na única coisa que lhe é importante - o dinheiro dos nossos impostos. Apelo ao direito à resistência às obrigações fiscais de todos os desempregados sem rendimentos. Apelo a que sigam o meu exemplo e que declarem publicamente que, enquanto as obrigações do Estado não forem cumpridas em relação ao Direito ao Trabalho garantido na Constituição, nós não pagaremos quaisquer impostos, coimas, taxas ou quaisquer outras obrigações. Quem não tem rendimentos, não contribui.
Não haverá nunca justificação para que crianças não tomem o pequeno almoço. Não haverá nunca justificação para que idosos comam de caixotes do lixo, nem para que não possam comprar medicamentos essenciais à sua sobrevivência. Não haverá nunca justificação para que pessoas que sempre trabalharam não possam cumprir com as suas obrigações familiares. Não haverá nunca justificação. Muito menos enquanto houver carros de luxo a andar na rua.
Link com procedimento que exorto que seja seguido pelos desempregados sem rendimentos:
http://naopossopagarimpostos.blogspot.com/2013/10/procedimento.html
30 de Outubro de 2013
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