O Nelson irá ao supermercado e levará arroz sem pagar
Ao meio-dia, nesta quarta feira, 4 de Dezembro, Nelson Arraiolos irá deslocar-se ao Pingo Doce do
Rossio, Rua 1º Dezembro,67-83 - 1200-358 Lisboa, entrará no supermercado, pegará num quilo de arroz e sairá sem pagar.
A crise atira cada vez mais gente para uma ilegalidade envergonhada, forçados a roubar dos supermercados alimentos essenciais para terem energia para uma busca infrutífera de emprego ou para que os filhos não vão dormir de barriga vazia. Como uma das pessoas atirada para essa ilegalidade, o Nelson irá dar a cara por este acto, para que a vergonha de milhares de desempregados deixe de estar escondida.
O Nelson, que está desempregado, carece de apoio adequado para a doença degenerativa de que padece. A sua família foi alvo de penhoras ilegais por parte das Finanças, as quais visavam dívidas do próprio.
Apelamos ao apoio de todos.
Nelson Arraiolos
926880152
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Para as finanças penhorarem bens da familia por dívidas do Nelson, é porque o Nelson as contraiu implicando como é obvio a dita familia, ou seja embora ele as tenha contraído fê-lo em nome da familia.
ResponderEliminartema certeza desse dado? Não é mencionado isso.
EliminarJorge Leitão, os meus pais foram fiadores da minha casa [como normalmente os pais são], se eu ficar sem emprego não vou poder pagar a minha casa... É atrás dos meus pais que eles vão a seguir! Eu quereria isso?! Claro que não! Quando eles foram meus fiadores estavam à espera que isso acontecesse?! Claro que não! No entanto...
Eliminarcaro amigo: são os bancos que actuam sobre os fiadores através dos tribunais que efectuam as penhoras, não o fisco.O Fisco apenas se reporta a dividas fiscais, não a dívidas bancárias. Como no artigo se referia a penhoras das finanças foi nesse sentido que escrevi o meu primeiro comentário.
EliminarEstou consigo, na mesma situação; a única coisa que desejo é a possibilidade de trabalhar ou ajudarem-nos forma de criarmos condições para criar nosso "posto de trabalho. É muito triste que compreendam que deveriam dar o exemplo e terem sido os primeiros a levar cortes nos seus ordenados e acabarem com a corrupção. bjs azuis!
ResponderEliminarEstou consigo. Já passei por uma situação parecida tive a sorte de ter uma fdamilia que me ajudou. Ofereço o meu blog que tem alguma visibilidade, para dar a conhcer o seu caso, como tantos outros idênticos.
ResponderEliminarhttp://wtf.blogs.sapo.pt/60553.html
Não concordo com a sua acção. Ao sair de um estabelecimento sem pagar, o que o distingue de um ladrão? Porque escolheu um estabelecimento de uma empresa conhecida? Porque não escolheu um pequeno estabelecimento? Será que o merceeiro da sua rua o deixaria sair sem pagar, sem que obtivesse o seu acordo? Claro que não! Porque há-de uma multi-nacional agir diferente? Espero que não!
ResponderEliminarExiste uma instituição que se chama banco alimentar, e existirão outras com objectivos similares. Existem grupos organizados para evitar o desperdício de alimentos em restaurantes e super mercados. Dirá que não é suficiente. Talvez. Porque não dirige a atenção mediática, que claramente já conseguiu, para tentar melhorar o apoio alimentar por essa via?
Porque hoje e 1kg de arroz. Mas o que será amanha? Sapatos? Porque você ira precisar de sapatos! Também vai entrar numa loja e sair sem os pagar? O Nelson deixaria alguém sair do seu café sem pagar?
O Nelson queixa-se da falta de apoio do estado, mas dirige a sua acção contra uma entidade privada. Porque?
Terá certamente todas as razoes para estar revoltado, e até poderá ter razão. Mas não concordo na forma de protesto que escolheu desta vez!
r melo, o Nelson não está a roubar! Está a chamar à atenção para o estado degradante a que estão a deixar chegar as pessoas!
EliminarE sim, era necessário escolher uma empresa conhecida! Para tornar o caso mais mediático e porque se ele não pagar ao merceeiro da rua dele, vai-lhe estar a tirar pão da boca! Se não pagar 1kg de arroz no Pingo Doce vai baixar 0,00000000000000000000000000000000000000001% nos milhões de lucro daquela empresa! [deve ser muito menos, mas não me apetece estar a repetir zeros!]
O Nelson - que não conheço de lado nenhum e só o possa aplaudir - está a lutar pelos interesses de todos! É pena que não haja mais pessoas assim!
O Nelson podia não pagar impostos, andar de transportes públicos sem pagar bilhete e roubar pacotes de arroz para tornar a sua vida melhor - ou para não tornar pior - mas escolheu dar a cara por ele e para os que estão tão mal ou pior do que ele, sabendo as consequências que pode enfrentar!
Não acha que faz sentido o pacote de arroz ser do Pingo Doce?!
[e quem diz Pingo Doce, diz Continente - é às nossas custas que eles são os mais ricos de Portugal!]
Pelo meu interesse de certeza que não está a lutar...
ResponderEliminarNão tenho nada ver com o PD, ou a Jerónimo Martins, ou com qualquer outra cadeia de retalho! Mas espero que o Nelson não consiga levar por diante o seu intento. Porque se o conseguir, a mensagem que irá passar é que quem estiver desempregado, ou em qualquer outra dificuldade, pode entrar num supermercado, e sair sem pagar| E quem diz de um supermercado, diz de um restaurante, uma loja de roupa, uma farmácia...
Pela mesma ordem de ideias, porque não se organiza uma expedição às fábricas da Nestlé para ir buscar as pápas para os nossos filhos? Ou à Lactogal buscar leite? Ou à Sicasal? Ou aos campos agrícolas dos grandes produtores buscar legumes para fazer sopa? Onde é que acaba?!
Qual é a condição para se poder sair do supermercado sem pagar? Estar desempregado? Há quem esteja empregado, e não tenha condições de sustento! Já não podem sair do supermercado sem pagar?! Como é que faz a distinção?
Está a dizer que pelo facto de serem ricos (pessoas) ou terem lucros (entidades privadas), não há problema em roubá-los, ou não os pagar?! Onde é que se faz a distinção entre quem pode subtrair, e quem pode ser subtraído dos seus objecto ou dos seus lucros?
Eu consigo compreender que o Nelson possa não ter meios para se alimentar, mas está a dirigir o protesto de forma errada, para a entidade errada! Proteste e utilize a exposição mediática que já tem para chamar atenção para quem está numa situação similar, e reclamar mais e melhores apoios das entidades que o devem fazer! Porque o que o Nelson se propõe a fazer, não está correcto, e é uma decisão infeliz, capaz de "deitar por terra", pelos piores motivos, os aspectos positivos que possam ter tidos a suas acções anteriores!